Discopatia Degenerativa: O Que É?
O Que É Discopatia Degenerativa?
Discopatia degenerativa ou doença degenerativa discal (D.D.D.) é a doença ortopédica degenerativa mais incapacitante e é caracterizada por uma lesão e desgaste progressivo da cartilagem do disco da coluna vertebral.
Isso significa que o disco, localizado entre as vértebras individuais da coluna, degenera, ou seja, perde sua forma original, diminuindo sua capacidade biomecânica de amortecimento e sustentação do corpo, gerando perda de altura, problemas de postura, aumentando a incidência de dores e doenças da coluna.
Como se trata de uma doença progressiva, se nenhum tratamento para melhorar a qualidade do disco for realizado, a conseqüência mais comum é o desenvolvimento de uma hérnia de disco e artrose com consequente pinçamento da medula ou nervo ciático.
Algumas características da discopatia degenerativa são a presença de:
- Fibrose levando ao endurecimento do disco intervertebral.
- Diminuição entre os espaços intervertebrais, achatando o disco.
- Espessura reduzida e mais fina do disco intervertebral.
- Curvatura do disco, fazendo com que o disco fique abaulado.
- Osteófitos e artrose, isto é, o crescimento de pequenas estruturas ósseas nas vértebras da coluna que podem vir a comprimir as estruturas nervosas e o nervo ciático.
Essas alterações são mais comuns na área da coluna lombar entre as vértebras L3-L4, L4-5 e L5-S1, mas podem afetar todas as áreas da coluna vertebral.
Causas
A doença de degeneração do disco (D.D.D), ocorre devido a múltiplos fatores, desde genéticos e biológicos, passando por deficiências nutricionais, doenças de má absorção intestinal, uso inadequado da coluna, seja por má postura quanto por exercícios inapropriados, além do envelhecimento natural que levam a uma condição de desidratação do disco, rachaduras ou quebra da estrutura de colágeno intradiscal, modificando sua estrutura.
Embora possa afetar os jovens, a faixa etária mais comum em que se inicia os eventos de degeneração é a partir dos 40 anos.Pessoas que passam muitas horas sentadas e precisando inclinar o corpo o dia inteiro como, por exemplo, motoristas de caminhão, secretárias e dentistas, têm mais chances de apresentarem alterações de disco. Não há necessidade de um grande evento traumático para desencadear a degeneração do disco, pois ele pode progredir silenciosamente e progressivamente ao longo da vida.
Sintomas
A discopatia degenerativa pode não mostrar sintomas, especialmente em pessoas mais jovens que ainda não desenvolveram hérnia de disco ou artrose. Geralmente é descoberto em um exame de imagem, especialmente em ressonância magnética ou tomografia computadorizada. No entanto, pode haver sintomas como dores nas costas que pioram ou causam tensão.
Degeneração Discal Tem Cura?
É possível melhorar a qualidade do disco, diminuir ou até congelar o seu envelhecimento progressivo além de controlar e eliminar a dor quando ele está presente.
Algumas diretrizes importantes para o tratamento da doença degenerativa do disco (DDD) são:
- Melhorar a qualidade de vida e diminuir a dor nas costas do paciente.
- Diagnosticar e tratar fatores externos e internos que contribuam com a doença.
- Evitar a progressão da doença.
- Avaliar tratamentos que favoreçam a regeneração do disco evitando progressão para tratamentos cirúrgicos.
O tratamento para melhorar a qualidade do disco são:
- Identificação de fatores genéticos ou biológicos,
- Identificação e correção de deficiências nutricionais das substâncias que formam a cartilagem discal.
- Correção de fatores biomecânicos: postura, desvios, exercícios feitos de forma errada.
- Identificação e tratamento de fatores de instabilidade como lesões ou frouxidão ligamentar e muscular.
- Melhora da qualidade dos músculos da coluna.
Tratamentos injetáveis:
Na última década houve uma revolução na forma de se tratar a doença degenerativa discal (DDD). O foco mudou de simples tratamentos paliativos para os sintomas e hoje se foca no bloqueio da evolução da doença e até na cura e cicatrização do desgaste, ou seja, na sua regeneração.
Orto Biológicos, Bioestimuladores, Ácido Hialurônico, Proloterapia e até mesmo uso de células tronco deixaram de ser o futuro e se tornaram o presente nos grandes centros médicos do mundo e inclusive aqui no Brasil.
E hoje já é possível bloquear a evolução do desgaste, como até cicatrizar e regenerar o disco desgastado.
Tratamentos cirúrgicos:
As cirurgias para discopatia discal (DDD) são a última opção para a doença e geralmente são indicadas quando as outras opções de tratamento não dão um resultado satisfatório e geralmente ocorrem quando há associação de hérnia discal, artrose, estenose de canal ou algum pinçamento do nervo ciático ou da medula.
As técnicas utilizadas podem ser desde a substituição do disco gasto por um disco sintético (prótese discal) como até mesmo artrodese (fusão cirúrgica das vértebras) para os casos mais graves.
O importante é conversar com seu médico e procurar orientação especializada para sintomas de dor nas costas, por mais inocente que eles possam parecer.
Dr. Alexandre Moulin, Médico Ortopedista com especialização em Cirurgia Coluna, Tratamento da Dor e Medicina Regenerativa, membro do corpo clínico dos hospitais: AACD, Hospital Sírio Libanês, Hospital São Luiz, Cristóvão da Gama, BR Surgery. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Membro da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica (SOBOM). Membro da North America Spine Society (NASS).