Lombalgia: Saiba o que é e Como Diminuir a Dor

Introdução

A lombalgia, ou dor lombar, é uma condição comum que afeta muitas pessoas em algum momento da vida. Embora nem sempre seja possível identificar a causa exata da dor lombar, é fundamental investigar possíveis causas específicas, especialmente em casos de dor persistente ou grave. Este artigo abordará as causas, sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamentos para a lombalgia.

Causas da Dor Lombar

A dor lombar pode variar em intensidade, duração e localização. Identificar a causa é crucial para um tratamento eficaz. Aqui estão algumas causas comuns:

  • Lesões Musculares ou Ligamentares: Resultantes de movimentos bruscos, esforço excessivo ou postura inadequada.
  • Hérnia de Disco: Ocorre quando o material gelatinoso do disco intervertebral se projeta para fora, comprimindo nervos espinhais.
  • Degeneração Discal: Desgaste dos discos intervertebrais com a idade.
  • Problemas nas Articulações: Como a osteoartrite, que afeta as articulações da coluna vertebral.
  • Estenose Espinhal: Estreitamento do canal vertebral que comprime a medula espinhal ou nervos.
  • Doenças Sistêmicas: Incluem infecções, câncer ou doenças autoimunes.

Sinais de Alerta da Dor Lombar

Alguns sinais indicam a necessidade de avaliação médica imediata:

  • Dor lombar por mais de 1 mês.
  • Perda de peso inexplicável.
  • Dor noturna.
  • Irradiação de dor nas costas conforme a topografia da raiz afetada (radiculopatias compressivas).
  • Dor contínua associada a alterações posturais (distúrbios osteomusculares).
  • Rigidez matinal (pode indicar espondiloartropatia).
  • Dor que piora durante o dia (pode indicar compressão da raiz).

Sintomas da Lombalgia

Além da dor lombar, a lombalgia pode apresentar:

  • Febre
  • Distúrbios Motores: Incluindo fraqueza muscular e sensibilidade nos membros inferiores.
  • Incontinência Fecal ou Retenção Urinária
  • Perda de Peso
  • Sintomas Psicológicos: Depressão e ansiedade que podem reduzir o limiar de dor do paciente.

Fatores de Risco

Vários fatores podem aumentar o risco de lombalgia:

  • Idade superior a 50 anos.
  • Obesidade.
  • Sexo feminino.
  • Trabalho sedentário.
  • Emprego fisicamente desgastante.
  • Somatização, ansiedade e depressão.
  • Trauma grave recente.
  • Perda de peso significativa.
  • Rigidez matinal.
  • Febre persistente.
  • Uso de drogas injetáveis e corticosteróides.
  • Infecções recentes.
  • História de cirurgia da coluna vertebral, câncer ou tuberculose.
  • Fraqueza muscular.
  • Incontinência fecal ou redução do tônus esfincteriano.
  • Retenção ou incontinência urinária.

Exame Físico

O exame físico é essencial para identificar alterações que exijam avaliação complementar:

  • Inspeção e Postura da Coluna Lombar: Avaliação da presença de escoliose e/ou cifose.
  • Varredura da Coluna Vertebral: Para avaliar dor e possíveis infecções ou metástases vertebrais.
  • Exame Neurológico: Avaliação da força muscular, sensibilidade, marcha e reflexos das extremidades inferiores.
  • Teste de Lasègue: Dor ao elevar o membro inferior em extensão pode indicar compressão da raiz nervosa.

Classificação Etiológica da Dor Lombar

Com base na história e exame físico, a dor lombar pode ser classificada em três categorias:

  • Dor Lombar Possivelmente Enraizada: Pacientes com dor lombar típica irradiada para os membros inferiores.
  • Dor Lombar Provavelmente Associada a Doença Espinhal Específica: Pacientes sem história típica de lombalgia, mas com sinais de outros distúrbios da medula espinhal (tumores, infecções, fraturas).
  • Dor Lombar Inespecífica: Corresponde a 90% dos casos. Sintomas atribuídos a dor musculoesquelética que geralmente desaparece dentro de algumas semanas.

Diagnóstico

O diagnóstico envolve a classificação da dor lombar e exames complementares se necessário:

  • Sem Sinais de Alerta e Dor <1 Mês: Tratamento clínico e reavaliação em duas semanas.
  • Com Sinais de Alerta ou Dor >1 Mês: Exames de imagem (raio-X, tomografia ou ressonância magnética).
  • Suspeita de Neoplasia ou Infecção: Hemograma, eletrólitos, função renal, PCR, VHS e marcadores neoplásicos.
  • Suspeita de Mieloma Múltiplo: Eletroforese de proteínas (soro e/ou urina) e inventário ósseo.

Tratamentos para Lombalgia

O tratamento da lombalgia pode incluir várias abordagens:

  • Correção Postural: Ajustar a postura ao sentar, especialmente no trabalho e escola.
  • Exercícios Físicos: Manter a coluna protegida ao exercitar-se com pesos e evitar carregar objetos pesados.
  • Medicações: Uso de analgésicos e anti-inflamatórios conforme prescrição médica.
  • Fisioterapia: Programas de exercícios específicos para fortalecer e alongar a musculatura.
  • Repouso e Postura Adequada: Descansar e adotar postura correta para aliviar a tensão.
  • Perda de Peso: Reduzir peso para diminuir a carga sobre a coluna.

A Lombalgia Tem Cura?

A cura da lombalgia depende da causa subjacente e de fatores como postura e atividade física. A correção postural, exercícios e cuidados no levantamento de pesos são essenciais. Em muitos casos, a dor lombar aguda pode ser tratada com sucesso e evitada com boas práticas de saúde. Consulte sempre um médico especialista para orientação adequada.

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