O que ninguém te contou sobre injeções para dor em artrose (e porque o ácido hialurônico pode mudar tudo)

Quando falo sobre artrose com meus pacientes – seja na coluna ou joelho -, quase sempre a primeira queixa é a mesma: dor constante e dificuldade de se movimentar. Durante muito tempo, as injeções de corticosteroides foram a escolha mais comum para aliviar esses sintomas.

E de fato, elas podem reduzir a inflamação rapidamente. Mas nos últimos anos, acompanhando de perto a evolução da ciência e dos meus próprios pacientes, percebi que precisamos olhar além do alívio imediato. Neste sentido, evidências recentes mostram que não basta apenas reduzir a dor, é preciso proteger sua articulação.

O que diz a ciência?

Um estudo robusto publicado pela Osteoarthritis Initiative (OAI) – iniciativa do  Instituto Nacional de Artrite e Doenças Musculoesqueléticas e de Pele nos Estados Unidos – acompanhou pacientes por dois anos após receberem injeções intra-articulares no joelho, comparando corticosteroides e ácido hialurônico (AH) utilizado na viscossuplementação. O objetivo era entender como esses tratamentos influenciam não apenas a dor, mas também a progressão da artrose ao longo do tempo.

Os resultados confirmaram o que eu acredito e recomendo aos meus pacientes: o ácido hialurônico (AH) é um grande aliado no tratamento da artrose. Presente naturalmente no líquido sinovial, ele não apenas reduz a dor, mas também desacelera a progressão da doença, protegendo a cartilagem e preservando as estruturas articulares.

Por que isso é importante?

A artrose é uma condição crônica e progressiva. Ou seja, se não cuidarmos o quadro tende a piorar com o tempo. Aliviar os sintomas é fundamental, mas proteger a articulação e evitar que o quadro evolua para formas mais graves – que muitas vezes culminam em cirurgia – é igualmente essencial. Quando danificada, a articulação compromete a mobilidade, causa dor crônica e afeta diretamente a qualidade de vida. E é aí que entra em cena o ácido hialurônico.

O poder do ácido hialurônico

Naturalmente presente no corpo, o ácido hialurônico funciona como um verdadeiro “lubrificante biológico”, facilitando o deslizamento suave entre os ossos e ajudando a absorver impactos. Porém, com o passar do tempo ou em quadros de doenças como a artrose, a quantidade e a qualidade do ácido hialurônico diminuem, contribuindo para dor, rigidez e inflamação.

Nesse cenário, o tratamento de viscossuplementação com ácido hialurônico (AH) é uma alternativa eficaz e alinhada com as mais recentes evidências científicas para o tratamento da artrose. O procedimento é seguro, minimamente invasivo e torna possível reduzir significativamente os sintomas, melhorar a mobilidade e até retardar a progressão do desgaste.

O que vejo no meu consultório 

Muitos dos meus pacientes chegam preocupados com dores nas articulações, dificuldade para se movimentar e com receio de que isso vá limitar cada vez mais suas atividades diárias. E essa preocupação é absolutamente válida.

Ao indicar o ácido hialurônico, tenho observado não só o alívio da dor, mas também uma melhora real na qualidade de vida: voltar a caminhar sem sofrimento, subir escadas com mais segurança, praticar atividades do dia a dia com confiança. Afinal, cuidar da dor é importante, mas cuidar da saúde das suas articulações é essencial para uma vida ativa e com qualidade.

Se você foi diagnosticado com artrose, é fundamental conversar com um especialista em medicina regenerativa para avaliar todas as possibilidades terapêuticas. Isso pode significar o primeiro passo para retomar sua qualidade de vida com segurança e cuidado.

Quer saber mais sobre o assunto? Agende sua consulta e descubra como o tratamento com ácido hialurônico pode transformar sua vida.

Alexandre Moulin

Médico Ortopedista especializado em Cirurgia da Coluna, Tratamento da Dor e Medicina Regenerativa. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), da Amrican Society of Regenerative Medicine (ASRM) e da North American Spine Society (NASS).